Semana começa com gasolina comum a R$ 4,229 e aditivada a R$ 5,859

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Os consumidores começaram a semana com uma facada no bolso. Os postos de gasolina não perdoaram e elevaram os preços do litro da gasolina. Já está quase impossível encontrar o combustível por menos de R$ 4. Há postos cobrando R$ 4,099, R$ 4,129, R$ 4,229. Um outro vende a gasolina por R$ 3,999. No caso da gasolina aditivada, o preço vai a R$ 5,859.

Foto: Minervino Júnior/ CBPress

A justificativa entre os donos de postos é o de que a Petrobras não está economizando nos reajustes dos preços dos combustíveis, alegando alta do petróleo e do gás no mercado internacional e disparada do dólar, cuja cotação está girando em torno de R$ 3,30.

A comerciária Letícia Campos, 39 anos, diz que levou um susto quando chegou ao posto nesta segunda-feira, 6, para abastecer o carro. “Vi algumas promoções no fim de semana, com a gasolina a R$ 3,899, mas preferi esperar até segunda. Fiquei horrorizada quando me deparei com o o litro a R$ 4,229. É muito caro”, afirma.

Desde julho, a Petrobras vem mexendo quase que diariamente nos preços dos combustíveis. A alegação é de que a empresa precisa adequar suas tabelas às condições de mercado, seja em relação à cotação do petróleo no exterior, seja em relação ao dólar, que, nos últimos dias, subiu muito diante das incertezas políticas no Brasil.

Para especialistas, os consumidores terão que ficar muito atentos aos preços dos combustíveis, uma vez que a Petrobras já mostrou que está mais preocupada em recuperar o seu caixa. Então, que ninguém se surpreenda com novas altas nos próximos dias.

Cartel

Em Brasília, a vida dos consumidores é mais complicada, devido ao comportamento dos postos, que costumam combinar preços. Estudos recentes mostram que, em quase 80% dos estabelecimentos, o litro da gasolina tem praticamente o mesmo preço. E mais: o preço do etanol também sobe para inviabilizar o seu consumo.

Os postos de gasolina no Distrito Federal já passaram por um forte processo de intervenção do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por causa da formação de cartel. Uma operação comandada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público resultou na prisão de empresários e funcionários da Petrobras. Mas parece que os postos voltaram com tudo a ludibriar os consumidores.

Brasília, 10h48min

Vicente Nunes