POR ROSANA HESSEL
Depois de quase uma hora de reunião no Palácio do Planalto, a equipe econômica e o presidente interino, Michel Temer, conseguiram fechar a previsão de rombo nas contas públicas. Segundo o deputado Arthur de Lira (PP-AL), presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO) foi apresentado um deficit bruto de R$ 194 bilhões, que poderá ser reduzido entre R$ 45 bilhões e R$ 50 bilhões por meio de receitas oriundas do aumento de impostos e de concessões e privatizações.
Com isso, o rombo, até agora, ficará entre R$ 150 bilhões e R$ 150 bilhões. Mas, de acordo com Lyra, técnicos da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central vão se esmerar para encontrar formas de reduzir um pouco mais tais projeções. No que depender do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o deficit ficará mais próximo de R$ 140 bilhões. O problema é achar onde cortar mais ou onde elevar mais impostos.
A alta da alíquota da Cide, o imposto sobre combustíveis, está sobre a mesa de Temer. Caso seja aumentada de R$ 0,10 para R$ 0,60 por litro, pode render até R$ 15 bilhões por ano aos cofres do Tesouro Nacional. O problema é que esse tributo é inflacionário e pode impactar o custo de vida em até um ponto percentual. Também estão sendo cogitados ajustes no PIS e na Cofins e no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), segundo o presidente da CMO.
Brasília, 21h05min