No documento enviado à juíza Rachel Soares Chiarelli, da Justiça Federal do DF, assinado pelo general de divisas Rui Yutaka, comandante Logístico do HFA, o hospital deixou de informar os nomes para a magistrada, alegando proteção constitucional à intimidade. Mas informa que repassou a lista para as autoridades de saúde de Brasilia. Procurada, a secretaria ainda não respondeu.
Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michele, fizeram exames no HFA.Ambos disseram que testaram negativo para a infecção. No entanto, pouco antes de o presidente se posicionar oficialmente, a rede de TV norte-americana Fox News, citando o filho dele, deputado Eduardo Bolsonaro, chegou a anunciar que o chefe do Executivo estava contaminado pelo vírus.
Posteriormente, confrontada por Eduardo e pelo pai, a emissora afirmou que o deputado havia dito que o primeiro exame deu positivo e o segundo, negativo. A confusão gerou uma série de comentários de que o presidente estaria doente, ao mesmo tempo em que saiu apertando a mão de apoiadores nas manifestações do último dia 15, em frente ao Palácio do Planalto.
Bolsonaro chegou usar máscaras em suas lives semanais no Facebook e em coletivas de imprensa. Ele se negou a apresentar o documento, com os resultados dos exames, alegando que, por lei, tem direito ao sigilo. Nos bastidores do Planalto, sabe-se que ele não mostrou o documento nem mesmo para seus ministros. Muitos se perguntam o motivo de esconder a prova se ele realmente não está infectado.
Em volta do presidente, a disseminação da doença foi rápida e pegou até mesmo o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Pelo menos 23 pessoas que acompanharam Bolsonaro aos Estados Unidos testaram positivo para o coronavírus.
Brasília, 13h51min