“Se reforma da Previdência não sair, terá plano B”, diz presidente do BB

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O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, diz que há um volume enorme de investimentos prestes a sair da gaveta, mas, para isso, é necessário que o Congresso aprove a reforma da Previdência para permitir um ajuste mais consistente das contas públicas. Em entrevista ao CB. Poder, transmitido pela Tevê Brasília em parceria com o Correio, ele reconhece que ficou mais difícil uma vitória do Planalto, mas, “se a reforma não sair, terá um plano B”

Caffarelli diz que o pior da recessão ficou para trás e que os bancos estão preparados para atender a demanda maior por crédito quando o crescimento for retomado. Ele garante que o sistema financeiro vem repassando, de forma sistemática, para os consumidores a redução da taxa básica de juros (Selic). Desde outubro de 2016, a Selic recuou de 14,25% para 9,25% ao ano. “O repasse está sendo feito a cada queda da taxa básica”, afirma. Ele reconhece, porém, que, mesmo com todo o recuo, os juros cobrados de empresas e consumidores são muito altos.

“Quanto mais rápido a economia retomar, quanto mais a carteira de crédito crescer, quando mais a inadimplência cair, menores ficarão as taxas de juros”, diz o presidente do BB. Ele garante que o banco está fazendo sua parte ao reduzir os juros e ampliar a oferta de crédito. “Assim como na crise de 2009, o Banco do Brasil não deixou, em nenhum momento, de assistir seus clientes, principalmente as empresas”, frisa.

Sobre o envolvimento do Banco do Brasil em denúncias de corrupção (um ex-diretor, Henrique Pizzolato, foi preso durante o mensalão, e um ex-presidente, Aldemir Bendine, acabou atrás das grades durante a Operação Lava-Jato), assegura que a instituição está colaborando com a Justiça. “Não vou entrar em casos específicos, mas quero dizer que o Banco do Brasil, ao longo do tempo, tem um trabalho muito forte de colaboração com as autoridades. Em nenhum momento, nos privamos de prestar qualquer tipo de informação que possa auxiliar os trabalhos de investigação”, assinala.

Brasília, 16h15min

Vicente Nunes