“Para ser mais preciso, se o eleitor do Ciro resolvesse votar em Lula já no primeiro turno, não haveria segundo turno e o petista poderia vencer”, explicou Felipe Nunes, CEO da Quaest e coordenador da pesquisa. Com isso, o ex-governador do Ceará, que atraiu o chamado voto útil em 2018 de eleitores da ex-senadora Marina Silva (Rede), poderá ser vítima da vez desse tipo de migração.
Conforme os dados do levantamento, considerando a média de todos os cenários da pesquisa estimulada para o primeiro turno, a preferência por Lula ficou estável, em 46% e Bolsonaro, em segundo lugar, passou de 24% para 26%. Ciro teve 7% das intenções de voto, enquanto o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), ficou com 6%.
Na pesquisa espontânea, o número de indecisos permanece alto, com 48%. Lula fica com 27% e Bolsonaro chega a 19%. O levantamento realizou duas mil entrevistas entre 10 e 13 de março e tem margem de erro de dois pontos percentuais.
Em um eventual segundo turno, Lula lidera em todos os cenários com mais de 50% da preferência do eleitorado. Conforme os dados da pesquisa, no caso dos eleitores de Ciro, 52% já se decidiram por Lula em um segundo turno, enquanto isso, 22% dizem que podem mudar para Bolsonaro e outros 22% optam por deixar o voto em branco ou nulo.
Já entre os apoiadores de Moro, 26% escolheriam votar em Lula e 34% disseram que optarariam por Bolsonaro. Outros 38% afirmaram que preferem votar em branco ou nulo.