Funcionários do Banco do Brasil receberam muito bem a indicação de Tarciana Paula Gomes Medeiros para a presidência da instituição. Chamou a atenção, porém, o salto espetacular da executiva em sua carreira. Ela passará de gerente executiva para o cargo mais alto do banco. Nunca houve isso no BB. O discurso entre os colegas de Tarciana, contudo, é de que ela tem competência suficiente para exercer a presidência da instituição.
O atual presidente do BB, Fausto Ribeiro, também pulou etapas. Não foi, por exemplo, vice-presidente do banco. À época, houve críticas, mas, agora, a resistência em relação à Tarciana é bem menor, sobretudo pela competência comprovada nos 22 anos de trabalho na instituição, mas, também, por ser mulher e por representar um alento à tão esperada diversidade que se espera no Banco do Brasil. Ela será a primeira presidente da empresa estatal em seus mais de 200 anos.
Tarciana, 44 anos, que é formada em administração de empresas, começou a vida profissional como feirante em Campina Grande, Paraíba, onde nasceu. Entrou no Banco do Brasil em 2000, desempenhando, ao longo do tempo, funções estratégicas, com forte atuação na melhoria do atendimento ao público e ao agronegócio. Desde 2021, atua como executiva na Diretoria de Clientes de Pessoas Físicas e de Micro e Pequenas Empresas.
A grande expectativa do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, é de que Tarciana, em parceria com a nova presidente da Caixa, Rita Serrano, promova um amplo programa de renegociação de dívidas das famílias. Ela teve papel central na estruturação do programa que permitiu, durante a pandemia do novo coronavírus, condições especiais de crédito para consumidores e empresas. A prorrogação das operações de crédito naquele momento de paralisia da economia evitou uma explosão da inadimplência.