Os últimos anos foram marcados pelo domínio da Universidade de Brasília (UnB) no comando do Banco Central. Dos atuais diretores, pelo menos cinco passaram pelos bancos da tradicional instituição. Com a chegada de Ilan Goldfajn para a presidência do BC, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) voltará a dar as cartas na condução da política monetária.
Além de Ilan, três nomes cotados para a diretoria do banco, segundo o mercado, são professores da universidade carioca: Carlos Viana de Carvalho, Tiago Berriel e Márcio Garcia. Todos, por sinal, muito bem conceituados entre os agentes econômicos e com passagem por duas das maiores universidades dos Estados Unidos: Princeton e Stanford. Na verdade, o pensamento liberal da PUC-Rio está retornando ao BC, já que prevaleceu durante todo o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Também aparece na lista de cotados para o BC de Ilan o professor Fábio Kanczuc, da Universidade de São Paulo (USP), com formação na Universidade da Califórnia e em Harvard. A expectativa é de que alguns dos atuais diretores da autoridade monetária permaneçam na instituição. Entre eles, Altamir Lopes, hoje diretor de Política Econômica, que pode ser remanejado para outro posto, e Otávio Damaso, diretor de Regulação, esse, muito ligado ao atual presidente do BC, Alexandre Tombini.
Os analistas esperam que os nomes escolhidos por Ilan sejam divulgados nos próximos dias, dentro do projeto do governo de resgatar a credibilidade das políticas fiscal e monetária.
Brasília, 20h35min