Mesmo tendo entregado sua carta de renúncia ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao presidente Jair Bolsonaro, Rubem Novaes despachou, normalmente, nesta terça-feira (28/07), na sede do Banco do Brasil, em Brasília. Ele participou da reunião semanal do Conselho de Administração da instituição.
Às pessoas mais próximas, Novaes demonstrou satisfação por estar se livrando de um “fardo”. Deixou claro que, apesar de sua renúncia ter surpreendido a maioria dos funcionários do BB, nunca teve pretensão de ficar os quatro anos de governo Bolsonaro no comando do banco público.
Ainda não se sabe quando, efetivamente, Novaes se desligará do Banco do Brasil, até porque o governo não fechou o nome de seu sucessor. Por enquanto, a prioridade de Paulo Guedes é encontrar alguém de mercado que aceite o desafio de comandar o BB. Até agora, o nome mais forte é o de Conrado Engel, que tem passagens pelo Santander e pelo HSBC.
Bolsonaro precisa bater martelo sobre sucessor de Novaes
O nome de Engel, por sinal, já está sendo analisado pela Casa Civil, que está fazendo uma varredura na vida do executivo. Engel conversou com Guedes, mas ainda faltam acertar alguns detalhes e, principalmente, obter o aval de Bolsonaro.
Dentro do Banco do Brasil, a opção era por uma solução caseira. Entre os funcionários, que tinham um péssimo relacionamento com Novaes, o melhor seria promover um dos vice-presidentes para o posto mais alto da instituição. Mas Guedes não quer dar esse gostinho a eles, não sem antes tentar alguém do mercado.
Guedes, por sinal, quer correr com a nomeação, pois sabe que, quanto mais demorar para escolher o substituto de Novaes, terá que enfrentar a gula do centrão, que já indicou ao Palácio do Planalto que ficaria muito satisfeito com a presidência do BB. A gula do centrão, mesmo menor, sem o MDB e o DEM, continua enorme.
Brasília, 17h01min