Com as lojas fechadas, os comerciantes viram o número de roubos aumentar. Por isso, optaram por reforçar o sistema de proteção, na esperança de preservarem o patrimônio. Também há medo de invasões e depredações.
Somente a empresa Setec, presente em 23 estados e no Distrito Federal, com oito mil clientes, registrou aumento de 20 % em novos contratos nas últimas semanas. “Registramos várias tentativas de furto e invasão ao comércio nos últimos dias. Conseguimos evitar a tempo”, afirma Agenor Rodrigues Chaves Neto, fundador da empresa, ao lado de Gustavo Pena.
Desde a proibição de funcionamento de boa parte do setor de serviços, muitas ruas ficaram com pouco ou nenhum movimento de pessoas. O temor do empresariado é de que toda a mercadoria seja levada, ampliando ainda mais os prejuízos.
“Alguns de nossos clientes cogitaram suspender nossos serviços, mas voltaram atrás quando perceberam que não poderiam abrir mão da segurança para manterem seus comércios íntegros até a reabertura. O prejuízo seria maior”, acrescenta Chaves Neto.
Diante do atual quadro, o empresário acredita que a demanda pelos serviços de monitoramento, instalação e manutenção de sistemas de segurança eletrônica (alarme, câmera e controle de acesso) registre crescimento de 50 % nas próximas semanas.
Ele ressalta ainda que houve procura maior pelos serviços de monitoramento em ruas, chamado de “Rua protegida”. E isso vale também para as residências, que são tão vulneráveis quanto as lojas. “É uma crise em precedentes na economia brasileira. O temor é de que, com ela cresça, o aumento de casos de violência. Não será apenas em Brasília, mas em todas as cidades do país”, diz.
Brasília, 16h21min