Segundo ele, os governadores, mesmo os de esquerda, que estão em maioria no Nordeste, devem abraçar o projeto de reforma que está Congresso. Na avaliação dele, as mudanças nos regimes previdenciários são fundamentais para que o Brasil volte a crescer e a gerar empregos.
Para Maia, se as pessoas não entendem o que é a reforma, se há dúvidas sobre temas como a idade mínima, é preciso que o governo dê todas as explicações necessárias. O que não pode é uma reforma do porte da Previdência ser realizada em meio a tantas dúvidas. A população precisa entender o que está sendo feito e como ela vai se beneficiar disso.
Para o presidente da Câmara, não há nenhum problema se a aprovação da reforma da Previdência não ocorrer no primeiro semestre, como aposta a maioria do mercado financeiro. “Se vai ser no fim de junho, na primeira quinzena de julho ou no início de agosto, não há problema”, diz. O importante é que a reforma saia.
Ele reconhece as polêmicas em relação a determinados pontos da reforma, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria rural. Mas afirma que esses temas podem ser resolvidos com diálogo. No caso da aposentadoria rural, por exemplo, ele ressalta que a Medida Provisória que retira dos sindicatos o poder de indicar quem vai se aposentar resolverá 90% dos casos de suspeitas de fraudes.
Maia destaca que a aposentadoria rural responde por um deficit de R$ 120 bilhões por ano e chama a atenção que há mais pessoas recebendo esses benefícios do que moradores no campo. Por isso, é importante corrigir as distorções.
O mais importante para que a reforma vá adiante, no entanto, é a articulação do governo com o Congresso. Sem o entendimento entre os dois poderes, diz Maia, dificilmente se terá os votos suficientes para a aprovação das mudanças na Previdência.
Brasília, 13h33min