Hoje, o ministro do Trabalho, Helton Yomura, indicado pela filha de Jefferson, Cristiane Brasil, foi levado para depor, e o chefe de gabinete dele, Júlio de Souza Bernardes, foi preso. Além disso, todos os gabinetes de deputados do PTB na Câmara foram vasculhados. Yomura foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Operação Registro Espúrio mira um esquema de fraudes e corrupção no Ministério do Trabalho. A Pasta estaria cobrando propina para liberar registro de sindicatos fantasmas, cujo único objetivo era arrecadar dinheiro de trabalhadores de forma compulsória, o que foi proibido pela reforma trabalhista.
Entre os principais alvos da PF está o deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP). Ele se diz inocente, assim como Yomura. Por decisão da Justiça, tanto o ministro quanto o deputado estão proibidos de frequentarem o ministério. Também não poderão ter contato com servidores e investigados no caso. Marquezelli só poderá ir até o órgão em caso imprescindível para o exercício do mandato. Para isso, terá de enviar prévia justificativa ao STF.
Havia tempos Temer tentava retomar o controle do Ministério do Trabalho, que se tornou uma enorme fonte de desgaste para o governo. Mas o presidente não queria comprar briga com Jefferson, que, quando se sente acuado, parte para o ataque e não se furta em revelar todos os esquemas dos quais participa. Foi assim que ele revelou o Mensalão e detonou o governo Lula.
O Palácio do Planalto tem pressa em dar uma solução para o Ministério do Trabalho. Helton Yomura deve ser afastado de vez do cargo. O difícil será encontrar alguém honesto que queira enfrentar, sem medo, a corrupção que se instalou na Pasta que deveria estar desenvolvendo políticas para incrementar o desemprego.
Brasília, 12h05min