Retrato do desastre

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Quando analisados isoladamente, os indicadores econômicos dos últimos meses do governo de Dilma Rousseff deixam qualquer um desanimado. Quando avaliados em conjunto, dão a exata dimensão da destruição do país provocada pela petista.

 

Hoje, o Instituto Bradileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 5,4% no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período de 2015, o oitavo recuo seguido nesta base de comparação, e 0,3% frente os últimos três meses do ano passado, a quinta queda consecutiva. Quase nenhum dos indicadores que compõem o PIB ficou de pé. Investimentos, consumo das famílias, indústria, serviços. Todos apontaram quedas fortes. Não por acaso, a desconfiança no país é enorme.

 

A queda dos investimentos de 2,7% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores indica que a recuperação da economia será lenta  e demorada. A única boa notícia no PIB foi que o recuo de 0,3% ficou abaixo das projeções médias do mercado, de tombo de 0,7%. A diferença decorreu dos gastos do governo, o único indicador que apontou alta entre janeiro e março frente os três meses imediatamente anteriores. A gastança avançou 1,1%. Uma distorção e tanto, uma vez que a atividade deveria estar sendo sustentada pelos setor privado.

 

Desemprego

 

Ontem, o mesmo IBGE mostrou que o desemprego bateu novo recorde. Alcançou 11,2%. Ou seja, 11,4 milhões de brasileiros estão sem trabalho, vítimas da profunda recessão na qual o país mergulhou. A renda média real desabou 3,3% na comparação de abril deste ano com o mesmo mês de 2015. Não há perspectiva de recuperação para o emprego antes de 2017, devido ao encolhimento da produção. Antes de contratarem de novo, quando a economia voltar a crescer, as empresas vão reutilizar o parque fabril que está desativado, a tal capacidade ociosa.

 

As contas públicas completam o desastre. Nos primeiros quatro meses deste ano, o governo federal registrou rombo de R$ 8,5 bilhões, fato inédito para o período. Quando incluídos estados e municípios, o buraco chegou a 10% do PIB nos 12 meses terminados sem abril, levando-se em consideração os gastos com juros.

 

Brasília, 09h02min