Rejeição ao governo Bolsonaro continua acima de 50%, destaca pesquisa Genial/Quaest

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ROSANA HESSEL

A rejeição ao governo Jair Bolsonaro (PL) continua elevada para a eleições deste ano, acima de 50%, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece à frente das intenções de voto no primeiro turno e, em um eventual segundo turno, ganha de todos os opositores com mais de 50% da preferência, conforme dados da edição de fevereiro da Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (9/2).

De acordo com o levantamento resultante da parceria entre a Genial Investimentos e a empresa de inteligência de dados Quaest, a avaliação negativa do governo Bolsonaro passou de 50%, em janeiro, para 51%, em fevereiro, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. 

O estudo ainda revelou que 80% dos eleitores desaprovam a maneira como o presidente conduz o combate à inflação. A segunda maior crítica ao atual governo diz respeito ao combate à violência, de 65%. Sessenta e três porcento dos eleitores reclamam de Bolsonaro no combate à pandemia; 62% consideram negativas as políticas de geração de empregos; e 61% consideram negativa a forma como Bolsonaro combate à corrupção. Para 35% dos entrevistados, o maior problema do país neste momento é a economia. Outros 27% dizem que é a saúde.

A avaliação de Bolsonaro piorou em três das cinco regiões do país. No Nordeste, o aumento foi maior, passando de 56% para 61%. No Norte, subiu de 42% para 48%, e, no Sul, passou de 48% para 49. Já no Sudeste, recuou de 49% para 47% e, no Centro-Oeste, declinou de 48% para 42%.

Apesar de a rejeição a Bolsonaro ser maior entre mulheres do que entre homens, entre janeiro e fevereiro, a avaliação negativa do atual governo cresceu entre o público masculino, passando de 44% para 48%. Entre o público feminino, recuou de 55% – maior patamar desde o início da pesquisa em julho de 2021 –, em janeiro, para 54%, em fevereiro.

Depois de um leve recuo de 47% para 45%, entre dezembro e janeiro, na média de intenção de votos, Lula voltou a registrar aumento na preferência de votos no primeiro turno na pesquisa estimulada, com 46% das intenções de voto em fevereiro, o que pode garantir uma vitória do petista na primeira rodada do pleito eleitoral. A fatia de Bolsonaro, por sua vez, passou de 23% para 24% entre janeiro e fevereiro, na média dos cenários. Em um eventual segundo turno, o petista vence todos os opositores com mais de 50% da preferência, segundo o levantamento.

Bolsonaro mantém a liderança da rejeição entre os candidatos, com 66% dos entrevistados afirmando que não votariam nele nas eleições deste ano. Em segundo lugar, Sergio Moro, tem 62% dessa aversão. E, em terceiro lugar, João Dória, tem 61% de rejeição, seguido por Ciro Gomes, em quarto, com 54%. Lula, em quinto lugar, ficou com 43%, mesmo percentual do registrado em janeiro.

A Pesquisa Genial/Quaest para as eleições de 2022 foi realizada entre os dias 3 e 6 de fevereiro e ouviu 2 mil eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Vicente Nunes