POR ANTONIO TEMÓTEO
A recuperação sustentada da economia dependerá dos ajustes e reformas, em especial as fiscais, como a da Previdência, avalia o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Além dessas medidas, são necessárias reformas microeconômicas relacionadas a ganhos de eficiência, flexibilização da economia e melhora do ambiente de negócios, detalha o chefe da autoridade monetária.
Avançar na agenda de reformas estruturais é essencial para impulsionar a produtividade e o crescimento de longo prazo, diz Goldfajn. “O BC tem um papel importante relacionado à solidez e eficiência do sistema financeiro e ao custo do crédito, do que falarei mais à frente. Também é importante a realização de investimentos em infraestrutura, por meio de concessões e de outros mecanismos”, comenta.
Para ele, o investimento em infraestrutura tem papel relevante na busca por maior produtividade. O presidente do BC detalha que os investimentos têm efeito multiplicador porque, ao reduzirem custos e riscos das atividades produtivas, aumentam o retorno esperado e tornam novos projetos mais atrativos.
“O Brasil encontra-se hoje menos vulnerável e apresenta maior capacidade de absorver eventual revés no cenário internacional. Para que esse quadro favorável não se reverta, precisamos continuar avançando nas reformas”, detalha Goldfajn.