O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, cuja mediana das previsões estava em 0,7%. Frente a maio de 2021, a pesquisa apresentou crescimento de 0,5%. No ano, a produção industrial acumula queda de 2,6% e, em 12 meses, o recuo é de 1,9%.
Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia da covid-19, de fevereiro de 2020, e 17,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
De acordo com dados do IBGE, três das quatro grandes categorias tiveram aumento de produção em maio. Enquanto bens intermediários registraram recuo de 1,3% no mês, bens de capital, bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não duráveis apresentaram avanços de 7,4%, de 3% e de 0,8%, respectivamente.
O órgão ligado ao Ministério da Economia também informou que 19 das 26 atividades industriais pesquisadas apontaram avanço na produção. As influências positivas mais importantes foram assinaladas por máquinas e equipamentos, com alta de 7,5% e veículos automotores, reboques e carrocerias, com avanço de 3,7%. Com isso, essas duas atividades apresentaram crescimento após as quedas de 3,1% e de 4,6%, respectivamente, no mês anterior.
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria, segundo o IBGE, vieram de produtos alimentícios, com alta de 1,3%; de couro, artigos para viagem e calçados (9,4%); de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,5%); de outros equipamentos de transporte (10,3%);de produtos diversos (9,0%); de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (7,5%); e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,6%).
Na comparação com maio de 2021, a produção industrial registrou dados positivos em duas das quatro categorias mesmo com um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior. Entre as atividades com destaque, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com alta de 15,3% exerceu a maior influência na formação da média da indústria, impulsionado pela maior produção dos itens óleos combustíveis, óleo diesel, querosenes de aviação, naftas para petroquímica, gasolina automotiva e gás liquefeito de petróleo (GLP), de acordo com o IBGE.