Thadeu, que foi diretor duas vezes do Banco Central, diz que dinheiro não falta no banco para emprestar às empresas de menor porte, mas é preciso ter foco. Ressalta ainda que o BNDES sempre teve como principal fonte de recursos o mercado internacional de crédito, que foi abandonado ao longo dos governos petistas, quando o banco ficou colado ao Tesouro.
“Os recursos externos são os mais baratos, além de serem de longo prazo. É o capital que o BNDES precisa. Há hoje, no mundo, muita liquidez, que precisa ser explorada novamente pela instituição”, destaca Thadeu. Ele afirma que o país vive um momento importante, no qual o banco de fomento terá papel preponderante para a retomada dos investimentos e do crescimento.
O BNDES, segundo o economista, é a instituição que estava faltando em seu currículo. Além das duas passagens pelo BC, foi diretor financeiro da Petrobras, presidiu o Banco da Amazônia (Basa) e comandou a área financeira da extinta Nuclebrás. “É um desafio importante para o qual me chamou o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro”, ressalta.
Thadeu, com a ida para o BNDES, deixará a chefia o Departamento Econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Ele é um defensor de juros mais baixos e acredita que o Banco Central tem uma avenida para levar o país a conviver com uma taxa básica (Selic) mais próxima do mundo civilizado. Nesta quarta-feira, o BC deve cortar a Selic em 1 ponto percentual, dos atuais 10,25% para 9,25% ao ano.
Brasília, 15h01min