É bom deixar claro que os reajustes anunciados pela Petrobras valem somente nas refinarias. Ou seja, os aumentos podem ser maiores pois ainda maiores, pois têm os ganhos das distribuidoras e dos postos. Os consumidores devem preparar o bolso.
Nos postos do Distrito Federal, a gasolina está sendo comercializada, em média, a R$ 6,659 por litro. Mas há estabelecimentos em que os preços encostam nos R$ 7. Lembrando que, nesta semana, sem qualquer justificativa, os postos promoveram mais um reajuste. Já o gás de cozinha encosta dos R$ 125.
A gasolina e o gás de cozinha estão pesando muito no orçamento das famílias e puxando a inflação para cima. Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 1,16%, o maior para o mês desde 1994, início do Plano Real. Em 12 meses, a taxa alcança 10,25%.
A justificativa da Petrobras para mais um reajuste é a disparada do dólar e das cotações do petróleo no mercado internacional, que estão nos níveis mais elevados em três anos. O dólar está sendo vendido acima de R$ 5,50, refletindo as incertezas políticas no país. “Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento”, diz a empresa.
A estatal informa que o preço médio de venda do gás passará de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg, equivalente a R$ 50,15 por 13kg. No caso da gasolina, o preço médio de venda passará de R$ 2,78 para R$ 2,98, refletindo reajuste médio de R$ 0,20 por litro.
No final de setembro, a Petrobras havia reajustado o diesel em 8,9%, provocando a ira dos caminhoneiros, base política do presidente Bolsonaro. Hoje, a petrolífera é presidida pelo general Joaquim Silva e Luna
Brasília, 12h31min