Preço da gasolina cai mais R$ 0,10 nas bombas, para até R$ 4,29

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HAMILTON FERRARI

Depois de todo o estresse provocado pela greve dos caminhoneiros, que provocou desabastecimento e estimulou a especulação de donos de postos, o preço da gasolina está retornando à normalidade. Nesta quarta-feira (13/06), o valor nas bombas recuou mais R$ 0,10. Em dois postos de Águas Claras às margens da EPTG, a via mais movimentada do Distrito Federal, e em alguns estabelecimentos de Taguatinga, já é possível encher o tanque com a gasolina a R$ 4,29.

Também no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), o preço da gasolina caiu: de R$ 4,689, para R$ 4,589. Nesse caso, o preço final ainda está alto. É preciso lembrar que o valor usado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é de R$ 4,29. Qualquer valor acima disso significa margem maior de lucro para os donos de postos.

Para o servidor público Júlio Campos, 37 anos, enfim, o cidadão está começando a ser respeitado. “Foi um absurdo o que vimos nos últimos tempos. Os donos de postos aproveitaram a greve dos caminhoneiros para meter a mão no bolso dos motoristas. É inaceitável que alguns postos tenham cobrado até R$ 10 pelo litro da gasolina. Os consumidores precisam boicotar esses postos”, diz. Em Águas Claras, muitas pessoas estão se recusando a abastecer em um posto que abusou durante a greve.

Na avaliação do secretário de Fazenda do Distrito Federal, Wilson de Paula,  a normalização dos preços dos combustíveis, com os postos repassando aos consumidores à queda dos impostos e as reduções dos preços dos combustíveis nas refinarias pela Petrobras, restabelece a confiança da sociedade nos agentes públicos.

“Muitas pessoas estavam desacreditadas em relação ao valor de R$ 4,29 (nas bombas) quando nos propusemos a buscá-lo”, afirma o secretário. Para ele, as políticas públicas desenvolvidas pelo GDF, e, em particularmente pela Fazenda nesse caso, precisam tem a confiança da sociedade.

Na visão dos especialistas, os consumidores devem priorizar os postos que ofereçam os menores preços para os combustíveis, de forma a estimular os demais a reduzirem os valores nas bombas. Quem não quiser baixar preço perderá vendas. Essa é a lei do mercado.

Brasília,  11h001min

Vicente Nunes