Preço da carne bovina tem aumento real de 133,7% em quase dois anos, segundo IBPT

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ROSANA HESSEL

Apesar de os elevados preços dos combustíveis estarem no centro dos debates em pleno ano eleitoral, não podemos nos esquecer que há vários vilões da inflação desde a chegada da pandemia. A segunda edição do “Estudo Sobre Variação de Preços dos Produtos na Pandemia”, feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), entre março de 2020 e outubro de 2021, a carne bovina teve a maior alta real, descontada a inflação, de 133,70%, desbancando o arroz que foi o vilão do levantamento anterior.

De acordo com dados do IBPT que fez o levantamento com 40 protuso, o aumento médio de preços da listagem foi de 41,97%, no período de março de 2020 a outubro de 2021, e, descontando a inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no mesmo intervalo, de 12,53%, a variação dos custos para o consumidor acima da inflação oficial foi de 24,44%.

Além da carne, a farinha de mandioca registrou a segunda maior variação real, de 102,40%. Outros destaques foram o rolo de papel higiênico, com alta de 89,16%; o quilo do açúcar, com variação de 77,68%; o litro da água mineral, com elevação de 73,18%; e o pacote de 20 quilos de argamassa, com valorização de 60,18%.

Apenas quatro itens pesquisados registraram variação de preço menor que o IPCA do período, de acordo com o IBPT.  São eles: cueca, com taxa real de – 2,43%; sandália (de -5,69%); caderno 10 matérias (de -1,62%); e a caneta esferográfica (de -6,72%).

Na edição anterior, divulgada no ano passado, a maior variação real ficou com arroz, com alta acumulada de 122,97%. A carne bovina tinha registrado valorização real de 71,94%; a farinha de mandioca, de 67,16%; a esponja de aço, de 64,91%; a calça jeans, de 62,91%; o etanol (álcool combustível), de 55,39%; e o açúcar, de 53,18%. .

Vicente Nunes