POR ANTONIO TEMÓTEO
Desempregado e endividado, o brasileiro está raspando tudo o que tem na caderneta de poupança. Dados do Banco Central mostram que, apenas em maio, os saques superaram os depósitos em R$ 6,6 bilhões, mais que o dobro das perdas registradas no mesmo mês de 2015. Foi o pior maio desde 1995, quando começou o levantamento.
No acumulado do ano, também a saída de recursos foi recorde para o período: atingiu R$ 38,9bilhões, deficit 20,4% maior que o computado entre janeiro e maio de 2015. Os brasileiros, segundo os especialistas, estão sendo obrigados a recorrem às economias para completar o orçamento mensal, uma vez que o salário deixou de ser suficiente para arcar com todas as contas.
A poupança sente ainda o impacto da baixa rentabilidade. Esse tradicional investimento vem perdendo, sistematicamente, para a inflação. Quem ainda consegue chegar ao fim do mês com alguma sobra do salário prefere aplicar em fundos de investimentos (renda fixa e DI) e em títulos públicos do Tesouro Direto.
Brasília, 15h05min