De 28 postos visitados pelo Blog somente no Plano Piloto, nove mantiveram o litro da gasolina em R$ 4,29. Em 18 estabelecimentos, houve ligeiro recuo para R$ 4,25. Um outro passou a vender a gasolina a R$ 4,24. Ou seja, a variação foi de, no máximo, R$ 0,05 ou 1,16%, praticamente nada na visão dos especialistas ante os 3,9% de queda anunciados pela Petrobras.
Não por acaso, o governo federal denunciou os postos de combustíveis ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel. Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, está clara a combinação de preços entre os postos tanto no Distrito Federal quanto no restante do país.
Ele diz ainda que, para os postos, só vale o aumento de preços. Esse movimento, quando anunciado pela Petrobras, é repassado imediatamente e integralmente aos consumidores. Já quando a estatal corta preços nas refinarias, quase nunca o barateamento chega às bombas. O Cade, no entender de Moreira, vai dizer se os postos realmente estão limitando a concorrência e punindo os consumidores.
Transparência
Para tentar dar maior transparência às quedas e às altas de preços dos combustíveis, em vez de anunciar a mudança nos valores em percentual, a Petrobras passará a mostrá-los em reais. Será uma forma de dar maior eficiência à política de preços da estatal, que, desde julho de 2017, passou a fazer ajustes quase que diários nos valores praticados nas refinarias.
Os especialistas chamam a atenção para o fato de alguns postos fora do Plano Piloto estarem vendendo gasolina mais barata. Em Águas Claras e em Taguatinga, o litro do combustível pode ser encontrado por até R$ 3,89. É o tipo de promoção que não dá para perder. “Estou atento a todas as promoções. Me recuso a encher o tanque com a gasolina a mais de R$ 4”, diz a aposentada Sandra Conforti, 56 anos.
Brasília, 17h01min