Postos aumentam preços da gasolina um dia depois de a Petrobras anunciar redução de 3%

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ANDRÉ PHELIPE

Os donos de postos de gasolina no Distrito Federal praticamente ignoraram a redução de 3% nos preços da gasolina feita pela Petrobras. Um dia depois do anúncio, 17 de 27 postos pesquisados pelo Blog elevaram os valores praticados nas bombas, de R$ 4,399 para até R$ 4,599 o litro.

Segundo representantes desses estabelecimentos, os postos ainda estão trabalhando com estoques antigos, que se mantêm em níveis elevados, por causa da baixa demanda. Mesmo assim, a opção foi por avançar sobre o bolso dos consumidores.

Pela pesquisa, apenas um posto, do grupo de 27, reduziu o preço da gasolina na bomba, de R$ 4,419 para RR$ 4,399. Nove mantiveram os preços inalterados. A queixa dos consumidores foi grande. Muitos acreditavam que pagariam mais barato pela gasolina a partir desta terça-feira (14/01).

Conflitos

Para reduzir os preços da gasolina nas refinarias, a Petrobras alegou alívio no conflito entre o Irã e os Estados Unidos. Mas se sabe que o presidente Jair Bolsonaro estava muito preocupado com a possibilidade de a estatal encarecer os combustíveis, por causa da alta do petróleo no mercado internacional.

Segundo os consumidores, a Petrobras fez bem em diminuir os preços da gasolina e do diesel nas refinarias, contudo, é importante que essas quedas cheguem à bombas. Alegam que os valores cobrados hoje para o abastecimento dos veículos é alto demais.

Diante da crise internacional, Bolsonaro pediu medidas para conter o reajuste dos combustíveis. A equipe econômica anunciou, logo em seguida, projeto para a criação de um fundo que subsidiará a gasolina e o diesel. Em vez de elevar os preços dos combustíveis, a Petrobras será ressarcida pelo fundo.

Tudo, no entanto, ainda não passa de promessa. O certo é que, depois de toda a movimentação do governo, preocupado com uma possível alta da gasolina e do diesel por causa do embate entre o Irã e os EUA, a Petrobras reduziu os preços em 3%. A empresa diz que tem liberdade para agir.

Brasília, 16h54min

Vicente Nunes