O sobe e desce dos preços da gasolina está atormentando os consumidores. Depois de um pequeno alívio no bolso nos últimos dias, vários postos do Distrito Federal voltaram a reajustar os valores nas bombas. Na média, os preços aumentaram RS 0,35 por litro.
Tanto no Setor de Indústrias Gráficas (SIG) quanto no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), os preços da gasolina passaram de R$ 4,179 para R$ 4,529. Muitos motoristas que foram abastecer o carro nesta quinta-feira (05/03) levam um susto. E ficaram revoltados.
Ao Blog, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, já havia alertado que os reajustes na gasolina eram questão de dias, pois os postos estavam fazendo promoções para desovar estoques.
O aumento da gasolina ainda não está generalizado. Em Águas Claras, às margens da EPTG, a via mais movimentada da capital da República, ainda é possível encher o tanque com o combustível a R$ 4,279. Mas que ninguém estranhe se, ao longo do dia, os valores mudarem nas bombas.
Estranheza
A estranheza de muitos motoristas em relação ao aumento dos preços da gasolina tem razão. Na sexta-feira passada (28/02), a Petrobras anunciou queda de 4% no valor do combustíveis cobrado nas refinarias. Teoricamente, era para os postos fazerem esse repasse aos consumidores.
Paulo Tavares argumenta que os postos estão trabalhando com margens de lucro muito pequenas. E isso é insustentável a médio e longo prazos. Agora, com a gasolina mais alta nas bombas e mais barata na refinarias, as margens de lucro dos postos aumentarão.
Para formar os preços dos combustíveis nas refinarias, a Petrobras leva em conta várias fatores, mas dois são considerados preponderantes: o dólar e a cotação do petróleo no mercado internacional. O dólar está em disparada no Brasil, caminhando para R$ 5.
O petróleo, por sua vez, apresenta desvalorização por causa do impacto do novo coronavírus na economia mundial. Os maiores produtores de óleo, por sinal, vêm discutindo a possibilidade de reduzir a produção para segurar o preço do petróleo.
Brasília, 10h12min