Somente nesta quinta-feira (16/02), o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) informou a detenção de dois fugitivos. Um deles, de 43 anos, foi preso em Ílhavo, no distrito de Aveiro. Ele foi condenado a 10 anos de cadeia por lavagem de dinheiro do narcotráfico de uma organização criminosa. O bandido era procurado pela Interpol, a polícia internacional.
Segundo o SEF, o fugitivo do Brasil foi identificado por inspetores do órgão com base nas documentações apresentadas por ele com pedido de autorização de residência em Portugal. Ao cruzar as informações, os técnicos detectaram o mandado de captura internacional. O homem foi apresentado ao Tribunal de Justiça do Porto e será extraditado.
O outro brasileiro, de 49 anos, foi preso em Queluz, na região de Lisboa. Condenado a seis anos de detenção por falsificação de documentos, ele também era procurado pela Interpol. O fugitivo foi capturado em uma via pública, após diversas diligências para se chegar à localização dele. O Tribunal da Relação de Lisboa deve confirmar a prisão e aprovar a extradição para o Brasil.
Em 13 de fevereiro, o SEF deteve, em Loures, um brasileiro de 38 anos, condenado a cinco anos de prisão, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, por roubo. Dez dias antes, em 3 de fevereiro, houve a prisão, em Peniche, região praiana, de um homem de 37 anos, condenado a sete anos de encarceramento por tráfico de drogas.
Em janeiro, dia 4, foi preso um assassino de 28 anos, condenado a 20 anos de prisão em Recife, Pernambuco. Detido em Lisboa, ele recebeu a pena por ter matado um integrante de um grupo rival do narcotráfico. Dois dias depois, 6 de janeiro, houve a prisão de um condenado por feminicídio. O homem, de 34 anos, matou uma mulher em uma via pública de Governador Valadares, Minas Gerais. A sentença da Justiça foi de 13 anos e seis meses de detenção.
No dia 24 de janeiro, o SEF capturou um brasileiro de 31 anos, condenado a seis anos de detenção por tentativa de homicídio em Minas Gerais. A prisão ocorreu quando o bandido dava entrada em um hotel no Porto, proveniente da Suíça. Sua extradição foi confirmada pelo Tribunal local.
Na avaliação de especialistas, esses criminosos se aproveitam de fragilidades da Justiça para fugir do Brasil. Como os passaportes só são apreendidos depois da condenação, eles acabam saindo do país antes da retenção dos documentos. Na visão de advogados, os passaportes deveriam ser entregues no início do processo.