O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, terá uma conversa ainda hoje com o presidente interino, Michel Temer, para bater o martelo sobre a redução da meta de inflação de 2018 de 4,5% para 4%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima e parta baixo.
Meirelles propôs a meta menor a Temer na segunda-feira, em reunião no início da noite que durou pouco mais de uma hora. Estavam apenas os dois na sala e o ministro expôs as razões para que o país tenha uma meta de inflação mais parecida com a média dos países emergentes, de 3%.
Com Meirelles fechado com a meta de 4% em 2018, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, o apoiando, é quase certo que o Conselho Monetário Nacional (CMN) defina, nesta quinta-feira, 30, o objetivo menor a ser perseguido pela autoridade monetária. O outro integrante do CMN, o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, não deve se opor.
A maior preocupação de Temer, na conversa com Meirelles, foi com um possível engessamento do BC para reduzir a taxa básica de juros (Selic), de 14,25% ao ano. O ministro explicou que a meta menor mostrará um governo mais comprometido com o controle da inflação, o que derrubará as projeções do mercado e facilitará o trabalho de Ilan. Temer deu o sinal verde para a mudança.
Brasília, 16h01min