Representantes dos policiais federais vão se reunir na próxima terça-feira, 21, com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para cobrar o andamento do acordo sobre aumento de salários da categoria assinado em 11 de maio, último dia do governo de Dilma Rousseff. Segundo Luís Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), o clima é de muita insatisfação dentro da PF. O acordo prevê aumento salarial de 21,3% entre 2017 e 2019.
Na avaliação de Boudens, é importante que o governo destrave esse assunto e encaminhe o mais rapidamente possível o projeto de lei do reajuste ao Congresso Nacional. “A impressão que temos é de que há um constrangimento dentro do governo e do Congresso diante da reação negativa na sociedade em relação aos projetos de correção dos salários de servidores aprovados pela Câmara (que vão custar pelo menos R$ 100 bilhões até 2019). Mas é preciso levar o processo adiante”, afirma. Boudens ressalta que, logo após o encontro com o ministro da Justiça, consultará a categoria sobre o que fazer. Por enquanto, não há perspectiva de paralisação.
A pressão sobre o governo só tende a aumentar, pois a Polícia Civil do Distrito Federal, que é paga pelo Fundo Constitucional do DF, composto por repasses da União, está exigindo o mesmo índice de reajuste, de 21,3%, acertado com a Polícia Federal. Para se ter uma ideia do tamanho do movimento, a bancada de parlamentares do DF no Congresso enviou uma carta ao presidente interino, Michel Temer, reforçando o pleito dos policiais civis e requisitando a equiparação do aumento das forças armadas para a Polícia Militar e os bombeiros do DF. Haja dinheiro.
Brasília, 14h45min, atualizado às 16h37min