MARLLA SABINO
Os consumidores não têm do que reclamar. Os postos de combustíveis estão repassando para as bombas boa parte da redução dos preços feita pela Petrobras nas refinarias. Não por acaso, o litro da gasolina já está sendo vendido a R$ 2,97, como na 115 Norte, algo impensável alguns meses atrás. Hoje, a Petrobras anunciou mais uma redução de preços nas refinarias, de 0,6% no caso da gasolina e de 0,7%, no diesel.
Foto e vídeo: Ana Dubeux/ CB Press
Como de bobos os consumidores não têm nada, as filas nos postos são grandes. Ninguém quer perder a oportunidade de encher o tanque do carro pelo menor preço possível. Ao fim do mês, a economia é grande, sobretudo porque, em Brasília, o uso de carro é essencial.
A perspectiva é de que mais postos reduzam os preços da gasolina para menos de R$ 3, uma vez que a concorrência aumentou muito depois de que a Polícia Federal, o Ministério Público e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fizeram uma operação conjunta para pôr fim a um cartel nos postos.
A intervenção mostrou que os postos, em grande maioria, combinavam preços, impondo um custo absurdo aos consumidores. Estima-se que o valor da gasolina nas bombas era até 20% acima do que seria aceitável. Esse sobrepreço resultava em um ganho extra de mais de R$ 1 bilhão por ano aos donos de postos.
Para os especialista, quem está precisando encher o tanque do carro não pode perder a oportunidade. Não se pode esquecer que o combustível já chegou a ser vendido por R$ 4 em Brasília. Os valores de hoje são baixos perto do que se acostumou a ver nos postos.
A Petrobras está ajudando, pois mudou radicalmente a política de preços dos combustíveis. Agora, os valores podem variar diariamente, seguindo a cotação internacional do petróleo e a variação do dólar, que está em queda. Durante um bom tempo, os preços dos combustíveis foram controlados pelo governo para tentar conter a inflação. Mas essa política se mostrou um desastre.
Brasília, 10h20min