Para que isso seja possível, o presidente da FenaSaúde — entidade que representa 16 grupos de operadoras de planos privados de assistência à saúde — defende que as diferenças regionais, a assimetria dos produtos ofertados e as características das redes credenciadas sejam consideradas no cálculo de reajuste.
“É preciso levar em conta as particularidades das carteiras de cada operadora em cada região do país, já que o objetivo dos reajustes é manter o equilíbrio econômico/atuarial das carteiras dos planos para que todos possam usufruir das coberturas contratadas no curto, médio e, principalmente, no longo prazo”, assinala Amoroso Lima.
Alguns exemplos da heterogeneidade regional do Brasil foram capturados por levantamento recente da FenaSaúde, que mostra, entre outros dados, a diferença na evolução dos preços na economia: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que entra com 20% na nova fórmula de reajuste da Agência Nacional de Saúde Suplementar ( ANS) para os planos individuais, chega a variar um ponto percentual entre a menor (3% no Norte) e a maior (4,02% no Sul) inflação regional.
Outro exemplo, segundo a FenaSaúde, para demonstrar as diferenças regionais está na questão da longevidade, que tem impacto substancial na formação de preços do setor. Enquanto no Centro-Oeste os idosos representam 14,7% da população, no Sudeste o contingente de pessoas com mais de 60 anos é mais do que o dobro e chega aos 32,4% dos cidadãos.
A perspectiva é de que a ANS anuncie o tamanho do reajuste dos planos individuais entre o fim de maio e o início de junho. Consumidores e empresas estão ansiosos por ver o resultado prático da nova fórmula da correção dos convênios médicos.
Brasília, 10h27min