Segundo anunciou a Petrobras, desta vez, a redução no preço da gasolina nas refinarias foi de 0,31%. Com isso, o litro da gasolina passará de R$ R$ 2,0160 para R$ 2,0096 neste sábado (26/05). Na última quarta-feira, a estatal reduziu em 2,07% o preço da gasolina e em 1,53% o valor do diesel nas refinarias.
Para os consumidores, é um absurdo o que os postos estão fazendo. “Sei que está faltando combustível em vários estabelecimentos, mas isso não pode ser motivo para os empresários especularem com os preços, punindo os consumidores”, diz a aposentada Sandra Gonçalves, 63 anos, que saiu cedo de casa para tentar encher o tanque do carro. “Rodei muito até achar um posto com estoque de gasolina. Paguei R$ 4,79 o litro”, acrescenta.
Os consumidores estão preocupados. Muitos amanheceram a sexta-feira certos de que o acordo fechado entre governo e caminhoneiros poria fim aos problemas enfrentados nos últimos quatro dias. Mas os protestos dos caminhoneiros continuam, apoiados por empresários donos de transportadoras, que querem tirar proveito da situação.
O governo reconhece que ainda há muitos problemas espalhados pelo país, mas cobra que os postos repassem para os consumidores o corte de preços feitos pela Petrobras. Isso vale, sobretudo, para a redução de 10% no valor do diesel, que deverá vigorar por 15 dias, prazo para se chegar a um acordo final entre grevistas e governo.
A determinação do Palácio do Planalto é para que os órgãos fiscalizadores ajam com rigor para conter os abusos. Até agora, porém, foram poucos os casos de multas impostas pelos Procons. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) se mantém acuada, apesar da promessa de agir. O mesmo se pode dizer do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade).
A política de preços da Petrobras prevê mudanças diárias nos valores dos combustíveis, para cima ou para baixo. Essa política foi adotada em julho de 2017. Desde então, o preço da gasolina comercializado nas refinarias acumula alta de 52,94% e o do diesel, de 55,09%.
Brasília, 10h01min