Segundo a Petrobras, os preços dos derivados no mercado internacional e a oscilação do real ante o dólar pesaram na decisão de reduzir os preços dos combustíveis. A estatal garante que continuará com margens positivas em relação à paridade externa, conforme princípio da política anunciada, e estão alinhados com os objetivos do Plano de Negócios 2017/2021.
A decisão, de acordo com a diretoria da Petrobras, também foi guiada pelo aumento significativo nas importações no último mês, o que obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno. A importação de gasolina por terceiros para o mercado interno aumentou de 240 mil metros cúbicos em fevereiro para 419 mil em abril, com previsão de manutenção em torno deste nível em maio. No diesel a importação saiu de 564 mil metros cúbicos em fevereiro para 811 mil em abril e previsão de mais de 1 milhão de metros cúbicos em maio. Com isso, as refinarias da Petrobras podem chegar a um fator de utilização abaixo do último dado divulgado pela companhia em seus resultados trimestrais, que foi de 77%.
A petroleira avaliou ainda que “a política de preços com correções pelo menos mensais, embora um avanço significativo em relação ao sistema anterior, não tem refletido tempestivamente as volatilidades de preços de internacionais de derivados e câmbio entre as datas dos reajustes”, fato agravado pelo acréscimo recente na volatilidade do dólar. Esta constatação tem crescentemente sido parte das discussões da empresa e pode fundamentar aumentos na frequência dos ajustes de preços.
“Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso depende de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores”, avisa.