No total, a estatal se propôs a desembolsar US$ 2,95 bilhões, o equivalente a aproximadamente R$ 11 bilhões, para evitar que os investidores norte-americanos levassem adiante uma ação coletiva em curso na corte federal de Nova York. Na Justiça, os detentores de papéis e títulos da Petrobras queriam ser ressarcidos por prejuízos provocados com a corrupção na empresa.
“A companhia reitera que o acordo não constitui admissão de culpa ou de prática de atos irregulares pela Petrobras, reconhecida pelas autoridades brasileiras como vítima dos fatos revelados pela Operação Lava-Jato”, afirmou em nota.
Na ocasião, a diretoria da Petrobras, então presidida pelo Pedro Parente, justificou a necessidade de acordo para “eliminar o risco de um julgamento desfavorável que, conforme anteriormente reportado ao mercado no formulário anual arquivado na bolsa de valores brasileira e americana, poderia causar efeitos materiais adversos à companhia e a sua situação financeira”.
Parente chegou a afirmar, na época, que pagar quase US$ 3 bilhões colocaria “um fim a incertezas, ônus e custos associados à continuidade da ação coletiva”. A proposta prevê o parcelamento do valor total em três parcelas, sendo que a última está prevista para ser paga até 15 de janeiro de 2019. O valor total do acordo já foi provisionado no balanço do quarto trimestre de 2017.
Brasília, 16h01min