Um grupo de funcionários da Caixa Econômica Federal ligados ao PT e que exerciam funções estratégicas no banco foi remanejado para não perder regalias no governo de Michel Temer.
Os remanejamentos, que incluíram a área de marketing, muito visada, foram feitos mesmo depois da chegada do atual presidente do banco, Gilberto Occhi, que, até agora, não conseguiu trocar a diretoria, mesmo com todo o apelo que fez ao Palácio do Planalto.
A rede de proteção a petistas na Caixa é enorme. Não será a atual administração que conseguirá promover mudanças mais profundas na instituição.
Funcionários do banco dizem que dois vice-presidentes, Marcio Percival, ligadíssimo ao PT (ele foi indicado para o banco por Aloizio Mercadante), e Joaquim Lima já estão limpando as gavetas.
Percival foi o mentor da compra do falido banco Panamericano pela Caixa. Hoje, o banco se chama PAN e está sob o controle do encrencado BTG Pactual.
Lima deve se transferir para a secretaria de privatização e concessões chefiada por Moreira Franco, com quem trabalhou na Caixa. Mas há que aposte que ele possa ir para a Funcef, o fundo de pensão dos servidores da instituição, que acumula rombo superior a R$ 10 bilhões.
Brasília, 18h05min