Perto dos 100 mil pontos, Ibovespa volta a cair com exterior incerto

Compartilhe

GABRIEL PONTE*

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), adiou, novamente, a expectativa de atingir, pela primeira vez, o simbólico patamar dos 100 mil pontos, em um pregão morno e cauteloso. Na sessão desta quinta-feira (14/03), o índice encerrou em queda de 0,30%, aos 98.605 pontos, repercutindo dados fracos da economia chinesa, além do adiamento de um eventual encontro entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o chinês, Xi Jinping. Com isso, no dia, o volume financeiro foi de R$ 12,3 bilhões.

No país asiático, a produção industrial, no primeiro bimestre deste ano, foi de 5,3%, abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para elevação de 5,5%. Acompanhando o mau humor no noticiário internacional, Steve Mnuchin, secretário do Tesouro norte-americano, confirmou que um eventual encontro entre autoridades estadunidenses e chinesas para tratar acerca da guerra comercial não deve ocorrer no mês de março, frustrando operadores, que apostavam em um fim do imbróglio tarifário ainda neste mês.

Já o dólar norte-americano fechou em alta nesta quinta-feira, sendo negociado a R$ 3,849 a venda, em alta de 0,89%, dando fim à sequência de quatro quedas consecutivas nas sessões de negócios. A divisa estrangeira avançou, frente ao real, repercutindo o cenário internacional, com o prolongamento dos entraves entre China e EUA, além da não resolução do Brexit no parlamento britânico.

Já na conjuntura doméstica, os investidores acompanham a tramitação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, que começou, ontem, os trabalhos na Câmara dos Deputados. O deputado Felipe Francischini (PSL-PR) foi eleito o presidente da CCJ durante o ano de 2019.

Brasília, 17h59min

Vicente Nunes