PEQUENO, SIM. E DAÍ?

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» VICENTE NUNES» DIEGO AMORIM» ANTONIO TEMÓTEO

No mundo dos negócios, ser pequeno sempre foi motivo de constrangimento. Não à toa, muita gente meteu os pés pelas mãos a fim de se afastar desse estigma. Hoje, porém, ser pequeno virou motivo de orgulho. Nada de estruturas inchadas, filiais e batalhão de empregados que possam levar ao fracasso. “Trata-se de uma importante mudança de mentalidade”, diz Carlos Thadeu de Freitas Gomes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC). “É essa visão que está fazendo com que um número maior de negócios sobreviva aos dois primeiros anos de vida”, acrescenta.

Juntos, porém, os pequenos têm tamanho de gigante. São 9,5 milhões de firmas registradas no país, o correspondente a 99% do total de empresas, que respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB). No varejo, informa Roque Pellizzaro, presidente da Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL), 86% são considerados pequenos. Têm apenas um ponto de venda, com, no máximo, 100 metros quadrados e nove funcionários. “Estamos falando de uma tropa que só tem empurrado o Brasil para a frente, apesar de a conjuntura econômica nem sempre ajudar”, afirma.

Para o estilista Jô Pires, a liberdade de tocar sua empresa sozinho elimina a preocupação com a burocracia e estimula a criatividade. “Não há a menor possibilidade de querer ser maior do que eu sou”, enfatiza. “Essa convicção é sinônimo de sucesso”, ressalta Antônio Valdir Oliveira Filho, diretor superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Distrito Federal. “Se ele se satisfaz com o tamanho que tem, não há por que querer inventar. Em muitos casos, quando se busca a expansão, o modelo de negócios se perde”, explica. “Ser pequeno é o segredo do sucesso de muitos empreendedores”, emenda.

Na marcenaria que toca há duas décadas, Francisco das Chagas Ferreira de Sousa, conhecido como Careca, sente arrepios quando alguém lhe propõe aumentar os negócios. “Minha estrutura é pequena por convicção. O importante para o sucesso é a qualidade do produto. E isso eu tenho de sobra”, garante. Para Fillipe Morales, dono de uma loja de materiais de construção, ser pequeno permite oferecer atendimento personalizado. O resultado, diz, é o crescimento consistente das vendas. Aos que desdenham dos negócios de menor porte, Wandler da Cunha, fabricante de instrumentos musicais, dispara: “Pequeno, sim. E daí?”. ======= Poucos clientes, qualidade garantida

Foto: Antonio Cunha/CBPress

A oficina de marcenaria do seu Careca nem letreiro tem. O galpão abarrotado de madeiras e ferramentas fica diante de um terreno abandonando, longe das ruas mais movimentadas da cidade, em uma zona sem glamour algum. Há duas décadas, Francisco das Chagas Ferreira de Sousa — o nome de batismo do seu Careca — vive do próprio negócio, sempre pequeno. Os três telefones celulares enfileirados sobre uma peça de armário não param de tocar. A procura é tanta que, muito a contragosto, o marceneiro se vê obrigado a, vez ou outra, dispensar clientes. Nada, porém, que enfraqueça nele a convicção de continuar longe dos holofotes.

Seu Careca — chamado assim desde que, certa vez, raspou a cabeça, embora os cabelos tenham voltado a crescer — trabalha pelo menos seis dias por semana, das 8h às 18h. Tem dois funcionários fixos e um terceiro que aparece quando a demanda exige. São, em média, três projetos grandes por semana. Há seis meses, ele alugou um segundo espaço com a intenção de ampliar a capacidade de atendimento da demanda, mas já esboça arrependimento. “Não sei se vai dar certo, porque dá muita dor de cabeça. Gosto de ter controle de tudo o que está sendo feito, de acompanhar o trabalho de perto. Por isso, não quero crescer”, comenta, enquanto lixa uma porta de guarda-roupa e, ao mesmo tempo, mostra-se atento aos ajudantes.

Homem de poucas palavras e muito trabalho, seu Careca estudou até a 5ª série do ensino fundamental. Nascido em Parnaíba, no minúsculo litoral piauiense, onde, ainda pequeno, aprendeu a arte da marcenaria, pisou na capital federal pela primeira vez em 1978, “em busca de aventuras”, como ele explica. A aposta deu certo. “Hoje, não preciso ter inveja de ninguém”, diz, aos 56 anos.

O marceneiro empresário chega à casa dos interessados com bloquinho amassado e caneta em mãos. Sai com a promessa de entregar o pedido em até 15 dias. Seu Careca faz questão do contato direto com cada um dos clientes e atribui a essa proximidade os pagamentos em dia. “Já demoraram a pagar, mas não me lembro de ter levado calote, algo comum em grandes empresas”, compara.

Seu Careca é rigoroso consigo e com os funcionários. Não por acaso, quem pediu demissão nos últimos anos o fez para abrir a própria oficina e colocar em prática os ensinamentos do ex-patrão. “Esse homem não para. Gosta do que faz e não quer enricar por enricar. A gente percebe que o preço que ele cobra é justo”, conta Eugenier Salvador, 30 anos, que há três se aperfeiçoa sob os comandos de Francisco. “Seu Careca é um pequeno grande empresário”, emenda o funcionário.

======= Reservas só com antecedência

Carlos Vieira/ CBpress

O restaurante do chef Emerson Mantovani não tem cardápio. Entrada, prato principal e sobremesa do dia — no almoço ou no jantar — são escolhidos por ele mesmo, antes da degustação pelos 12 clientes — 14, no máximo — que se sentam ao redor da única mesa retangular do estabelecimento. Em quase três anos de história, ele garante não ter repetido menus. Para participar da experiência gastronômica, não basta chegar e ocupar um dos lugares, como em qualquer outro restaurante. Só entra quem reservou com antecedência. Tudo na pequena cozinha é devidamente planejado.

Formado em direito, Mantovani, hoje com 42 anos, cansou de advogar. Chegou à conclusão de que queria mesmo era cozinhar profissionalmente e ousar, fazer diferente. Primeiro, chefiou a cozinha de um badalado restaurante da cidade, mas o pouco contato com os clientes o incomodava. Há três anos, ele convenceu a mulher a, no lugar da loja de roupas infantis gerenciada por ela, arriscar um conceito diferente. No subsolo de uma comercial, após uma caprichada reforma, surgiu o refinado e pequeno ambiente.

O Trio Gastronomia — nome escolhido em homenagem aos três filhos do casal — nasceu sem pretensões de ser grande. E assim, sustenta o dono, vai continuar. “Se, por acaso, eu não continuasse pequeno, o negócio perderia a essência”, comenta ele, reforçando que, dessa maneira, consegue manter a qualidade do serviço e do atendimento. São apenas quatro funcionários, uma conta impensável em um restaurante comum. No Trio, o desperdício de comida, problema crônico dos empresários do segmento, não chega a 5%.

É o próprio Mantovani quem faz as compras, gerencia a preparação dos pratos e está na linha de frente da operação. “Quero que meus funcionários e meus clientes se sintam bem. Com uma estrutura enxuta, isso fica muito mais fácil”, sublinha. Por ser um pequeno empresário assumido, o chef diz priorizar os também pequenos produtores e importadores na hora de negociar. Nada no dia a dia dele é grandioso ou extravagante.

A consolidação do conceito do Trio, lembra Mantovani, não foi fácil. Nos primeiros meses, a ideia parecia boa, mas faltavam clientes. Era precisa chamar os amigos para preencher a mesa. Hoje, o restaurante se firmou. Vive cheio, com lista de espera principalmente às sextas-feiras e aos sábados. Nem o sucesso indiscutível, porém, leva Mantovani a pensar em expandir o negócio. O máximo a que ele se rendeu foi à vontade de montar um empório, também pequeno, no andar de cima. Em poucas prateleiras, o chef põe à venda produtos exclusivos e diferenciados, muitos deles usados na cozinha. Apenas um funcionário cuida do local.

======= Gestão inspirada na dona de casa

Foto: Antonio Cunha/ CBpress

Wandler Pereira da Cunha, 66 anos, administra, como uma dona de casa, a pequena oficina na qual fabrica e conserta instrumentos musicais. Não deixa escapar um detalhe que seja das receitas e das despesas, para não ter surpresas desagradáveis. “É questão de sobrevivência. Não há como um negócio dar certo se as contas não estiverem em dia. Isso vale para tudo”, aconselha.

No caso de Wandler, foi preciso, desde o início, manter os pés bem fincados no chão. A razão: decidiu montar o próprio negócio com base em um sonho de menino. “Sempre desejei ter uma guitarra como a de George Harrison, dos Beatles. Por um bom tempo, tentei de tudo, mas não consegui”, conta. O desejo só começou a se tornar realidade aos 52 anos, quando passou a estudar com um luthier, como são chamados os que fabricam e consertam instrumentos musicais.

Foram quatro anos de curso, conciliados com as funções de servidor público. “Eu me dediquei ao máximo. Primeiro, fabriquei um violão. Ao final, surgiu aquela que tanto ansiava, a guitarra igual à de Harrison”, relata. A peça está à mostra para toda a clientela na oficina na qual ele dá expediente todas as manhãs.

“Antes de decidir por eu mesmo fazer o instrumento, vasculhei o Brasil para tentar comprar a guitarra. Não achei. Descobri que o local mais perto em que poderia encontrá-la era a Argentina. Mas custava US$ 4 mil (R$ 10,8 mil, a valores de hoje). Recorri, então, a vários luthiers, mas nenhum topou fabricar. O jeito foi continuar acalentando o sonho”, diz.

Há 10 anos, porém, ele faz a alegria, sobretudo de jovens músicos que sonham com o primeiro violão, o primeiro cavaquinho, a primeira guitarra. Mas é preciso ter paciência, avisa Wandler. Como ainda não se aposentou e o tempo para tocar a oficina é limitado, as encomendas levam tempo para ficar prontas. “A cada dia, chegam dois ou três serviços. São, principalmente, consertos de instrumentos”, destaca. “Só consigo dar conta de dois ou três por semana. Quanto à fabricação de qualquer peça, são apenas duas por ano”, complementa.

O luthier não tem empregados. Conta apenas com a ajuda de um amigo, advogado, que dedica o tempo livre para fazer o que gosta: recuperar peças musicais. Ele ganha uma comissão sobre cada serviço prestado. “Além de consertos e fabricação, dou aulas das sete às nove da manhã para aqueles que querem se tornar luthiers. O curso dura, em média, cinco anos”, frisa Wandler.

Ele espera se aposentar em breve para ampliar o funcionamento da oficina. Para isso, preparou-se para o futuro que escolheu. “A oficina será a minha terceira fonte de ganho. Terei a pensão da Previdência do setor público, a previdência complementar e os ganhos da profissão dos meus sonhos”, diz. Wandler nasceu em Manaus e se mudou para Brasília aos 40 anos. Nem pensa em deixar a cidade. Acredita que poderá conciliar a boa qualidade de vida que a capital oferece com a clientela que construiu em uma década como empreendedor. “Estou com a vida ganha e convencido de que continuarei como pequeno empresário. Crescer para quê?” indaga.

======= Sem medo da concorrência

Foto: Antonio Cunha/ CBpress

Aos 69 anos, Jô Pires é só alegria. E o motivo: seu negócio, mesmo com tantos problemas na economia do país, se mantém firme e forte. “Tenho uma clientela cativa, que me prestigia há anos”, diz. Jô é estilista das antigas. Daqueles que têm prazer em pegar um pedaço de pano e, como ressalta, “transformá-lo em obra de arte”. O costureiro não tem sócios nem empregados fixos. É o único responsável por tocar a empresa. “Nem me passa pela cabeça ser maior do que sou”, enfatiza.

Nem sempre foi assim. Natural de Ipameri, no interior de Goiás, Jô mudou-se para Brasília aos 23 anos atraído por uma proposta de sociedade. Uma conhecida da cidade dele ficou encantada pelo trabalho que ele fazia e o convidou para montarem um ateliê na capital do país, que, à época, “fervilhava de glamour”. Aceitou na hora. “Já nascemos grandes para a época. Fabricávamos, no mínimo, seis vestidos por dia”, conta. “Tínhamos seis costureiras, ajudantes, uma tropa para dar conta de tantas encomendas”, relembra.

Com o sucesso dos negócios, vieram as cobranças. A sócia passou a se preocupar demais com os lucros, que acabaram minguando não por falta de pedidos, mas pelo custo da estrutura montada. Em um ano, a parceria se desfez. Jô continuou com uma boa carteira de clientes. Naquele período, vestia quatro das 10 mulheres consideradas as mais elegantes de Brasília. Também era ele quem cuidava dos trajes das misses do Distrito Federal. “Quase não tinha tempo para nada, nem para minha família”, admite.

Construiu um bom patrimônio. Mas, aos poucos, foi reduzindo o ritmo de trabalho, até decidir que estava na hora de ser só ele a tocar o negócio. “Não me arrependo. Continuo trabalhando muito, das sete da manhã às oito da noite, de segunda a sábado. Mas, em vez de ficar me preocupando com burocracia, dezenas de impostos, em administrar um pelotão de funcionários, canalizo minhas energias para a criatividade. Até agora, está dando certo”, ressalta. “E como faço um produto diferenciado, não sofro com a concorrência, sobretudo das roupas que vêm de fora, que têm boa qualidade e preços baixos”, emenda.

Recentemente, Jô recebeu propostas para ampliar o ateliê por meio de sociedade com algumas clientes. “Pensei, pensei, mas concluí que só teria problemas. Não daria certo e ainda perderia parcela importante da minha clientela”, avalia. Hoje, o costureiro faz, em média, um vestido por dia. Se for para noiva, um modelo exclusivo não sai por menos de R$ 30 mil. As peças para festas variam, cada uma, entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. “Lido com tecidos especiais, que custam caro. E tem todo o processo criativo”, destaca.

Jô nem pensa em se aposentar. Já disse aos dois filhos — Carlos Eduardo, 32 anos, e Maria Carolina, 22 — que, enquanto estiver com a cabeça fervilhante e as mãos firmes para manejar as tesouras que trouxe, ainda jovem, de Ipameri, continuará na ativa. “Minha vida está no meu trabalho. Independentemente de ter um negócio pequeno, é o que me permite contribuir para gerar riqueza para o país. Em casa, viveria basicamente às custas do Estado. Não nasci para isso. Sou empreendedor”, sentencia.

======= Metas para estimular as vendas

Foto: Carlos Vieira/ CBpress

Conhecer os clientes pelo nome, dar aos mais antigos o luxo de levar a mercadoria em um dia e acertar a conta no outro são algumas das regalias oferecidas pela loja de materiais de construção administrada por Fillipe de Matos Morales. Ele pertence à terceira geração da família a tocar o negócio aberto no Lago Norte, bairro nobre do Distrito Federal, pelo avô materno Oldemar há 22 anos. A gestão da empresa é dividida com a mãe dele, Christianne, e com a tia Alessandra.

O jovem de 25 anos explica que a família sempre teve espírito empreendedor, com foco no negócio de bairro, montado para atender às necessidades dos moradores da região. Quem precisa comprar uma escada, trocar uma lâmpada ou pintar o portão recorre à loja de Fillipe. “Nossa intenção é oferecer um atendimento personalizado. Por isso, estamos satisfeitos com o nosso porte. Temos 16 funcionários, mantemos a estrutura enxuta e não pretendemos mudar”, afirma.

Apesar de gerenciar uma estrutura simples, Morales diz que o grande desafio é continuar inovando. Ele, que passou a dividir as tarefas com a mãe e a tia há um ano, criou um sistema de metas e bonificações para os empregados: quem atinge os objetivos é recompensado com remunerações variáveis. Além disso, trocou os caminhões de entrega por modelos novos para reduzir custos com a manutenção dos veículos.

Morales ressalta que manter um pequeno negócio também é vantajoso pelo regime tributário simplificado. Mas reclama que os impostos recolhidos não são reinvestidos em melhorias para cidadãos e comerciantes. “Os mecanismos de controle estão cada vez mais sofisticados para coibir a sonegação. Emitimos notas fiscais, fazemos o recolhimento. O retorno, contudo, não existe”, reclama.

Mesmo com os problemas comuns a quem resolve empreender, Morales avalia que há mais o que comemorar. Entre os principais benefícios, ele enumera o fato de morar perto do trabalho e o de ter rotina definida. “Nos anos de estágio e de trabalho em outras companhias, ficava à disposição dos chefes e tinha pouca qualidade de vida. Empreender não significa abrir mão da vida.” (AT) ======= Dois anos de aprendizado

Foto: Marcelo Ferreira/ CBpress

Completar o ciclo de teorias em sala de aula e, em seguida, decidir montar o próprio negócio não é uma transição simples. Mas os resultados superam os transtornos. As publicitárias Fernanda Mujica, 25 anos, e Alessandra Cavendish, 25, se formaram na Universidade de Brasília (UnB) e seguiram para especialização na Espanha e nos Estados Unidos. O produto final foi a criação de uma agência de comunicação e design.

O conceito do projeto passava pelo desenvolvimento de marcas para organizações não governamentais ligadas ao desenvolvimento sustentável. Todos os processos foram feitos para que o negócio proporcionasse maior interação e deixasse de lado a formalidade entre clientes e prestador de serviço. Na volta para o Brasil, há dois anos, Fernanda, apaixonada pela criação, reencontrou a amiga Alessandra, obcecada por planejamento.

Profissionais que se complementam, as duas tiraram o projeto do papel. A burocracia para abrir uma pequena empresa atrapalhou o início. Com pouco capital, elas aderiram ao programa microempreendedor individual. Outra dificuldade surgiu no contato com o público-alvo. Conforme Fernanda, as ONGs brasileiras são atendidas por grandes agências e não se interessam em criar identidade visual própria.

Para driblar mais esse problema, passaram a atender micro e pequenas empresas interessadas em criar marca própria. As duas levam entre 30 e 90 dias para realizar cada trabalho. “Já fizemos mais de 30 projetos em dois anos. Com o aumento da demanda, contratamos dois estagiários. Agora, vamos migrar para o Simples Nacional, mas queremos continuar com o negócio pequeno”, detalha Alessandra.

Para elas, manter a empresa como está ajuda a oferecer atendimento personalizado, em que o contato com o cliente é determinante para a entrega de um produto diferenciado. “Na faculdade, não nos ensinam a abrir uma empresa, mas aprendemos muito nesses poucos dois anos. Seremos pequenas, mas com um trabalho cada vez melhor”, diz Fernanda.

Brasília, 00h01min

Vicente Nunes