Segundo comunicado ao mercado, a Caixa reduziu em 4,2% as provisões para perdas com créditos duvidosos. Apontou queda de 0,6 ponto percentual na taxa média de inadimplência, para 2,5%. No geral, a carteira de crédito da instituição caiu 0,4%, mas houve incremento de 6,1% nos empréstimos imobiliários.
Apesar do lucro recorde, o balanço da Caixa está recheado de ressalvas feitas pela auditoria independente PwC. Segundo a empresa, diante das investigações de supostos atos ilegais por parte de certos administradores e ex-administradores da instituição, várias ações estão em andamento. Mas os possíveis impactos decorrentes de atos ilícitos ainda não são conhecidos. Sendo assim, diz a PwC, não foi possível determinar se havia necessidade de ajustes ou de divulgações adicionais relacionados a esse assunto nas demonstrações contábeis de 2017.
As investigações envolvendo a Caixa começaram com base em denúncias de 2015 em conexão com a operação “A Origem” e, a partir de 2017, com as operações “Cui Bono?”, “Sepsis” e “Patmos”, deflagradas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. A partir disso, a Caixa adotou ações internas e deu início a investigação independente.
A PwC destaca ainda que as investigações independentes conduzidas pela Caixa não indicaram, pelo menos até o momento, a existência de qualquer evento capaz de gerar impacto material nas demonstrações contábeis. A primeira fase desse processo já foi finalizada e resultou em diversas recomendações que foram adotadas ou estão em processo de adoção. Aí está incluído o novo processo para escolha e nomeação de vice-presidentes.
No balanço, a Caixa afirma que “continuará acompanhando e apoiando os processos de investigação das autoridades competentes até a sua conclusão e avaliando, sistematicamente, qualquer nova informação que possa demandar providências adicionais.”
Brasília, 10h30min