Guedes disse que economista que critica o governo por não ter planejamento “é porque ele não tem um bom treinamento e não está conseguindo entender o programa”, “tem um treinamento com deficiências na Teoria do Equilíbrio Geral”.
Pastore tem batido duro contra o voo cego de Guedes. Já o chamou de “cheerleader”, ou seja, de chefe de torcida do presidente Jair Bolsonaro. Para o economista, que presidiu o Banco Central, o governo “não tem nem um diagnóstico nem um programa de ação”.
Ministro virou um bolsominion
Guedes ataca Pastore, mas é importante deixar claro que a maioria dos economistas que realmente importam e fazem escola concorda com ele. E o veem como um bússola.
Isso incluiu a Casa das Garças, centro de pensamento econômico do Rio de Janeiro, que tem entre seus expoentes Armínio Fraga e Elena Landau, e o Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP), de São Paulo, do qual fazem parte, entre outros, o próprio Pastore, Ilan Goldfajn e Mário Mesquita.
Guedes nunca foi bem-visto por esses grupos. Tanto que tentou, por 30 anos, ser o grande chefe da equipe econômica do país, mas sempre foi desprezado. Só conseguiu apoio da elite econômica mais recentemente porque não restou alternativa, uma vez que ele se apresentou como fiador de Jair Bolsonaro.
Para os economistas que Guedes critica, o ministro é, hoje, apenas mais um bolsominion. Não entregou praticamente nada do que prometeu e ainda faz como o chefe, joga a culpa de seus fracassos para os outros.
Com Guedes à frente do Ministério da Economia, o desemprego continua latente, a inflação que ele assegurava ser temporária está se tornando crônica, as reformas propostas se tornaram verdadeiros monstrengos.
Brasília, 21h51min