O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, já definiu o destino dele pós-eleição presidencial: vai trocar a instituição pública pela iniciativa privada. Dos vários convites que recebeu, a maioria para ganhar mais do que recebe no BB, o que mais lhe chamou a atenção foi a oferta de uma empresa de cartão de crédito.
Caffarelli começou no Banco do Brasil como menor aprendiz. Já fez de tudo na instituição. Chegou ao comando do banco pelas mãos do então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no início do governo de Michel Temer.
O presidente do BB, por sinal, é muito bem avaliado pelo time econômico do candidato Jair Bolsonaro (PSL). Em várias oportunidades, assessores de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia em caso de vitória do capitão da reserva, disseram que, se quiser, Caffarelli continuará no cargo. Mas ele prefere alçar outros voos.
A saída de Caffarelli do BB vem sendo tratada com muito reserva. Somente o seu círculo mais próximo no banco sabe de todos os detalhes da decisão dele de ir para a iniciativa privada. Será uma transição tranquila, negociada com Temer. Dependendo para onde for, terá que cumprir um prazo de quarentena.
Mesmo que vá para a iniciativa privada, a meta de Caffarelli é manter residência fixa em Brasília, onde está sua família. Hoje, como presidente do BB, ele já passa três dias por semana em São Paulo ou visitando agências em outros estadao. Mesmo com a rotina pesada, não abre mão das aulas de karatê assim que o dia amanhece.
Brasília, 21h01min