Paralisação afeta distribuição de medicamentos para hospitais e farmácias

Compartilhe

HAMILTON FERRAI

No quinto dia, a paralisação dos caminhoneiros está prejudicando a distribuição de medicamentos para as farmácias e hospitais. O Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) recebeu diversas mensagens de empresas associadas relatando o problema para o envio dos produtos aos clientes.

De acordo com a entidade, o problema pode trazer consequências graves nos tratamentos de doenças crônicas e, principalmente, agudas. “Um importante laboratório farmacêutico, por exemplo, informou que 60% da carga programada para distribuição esta semana está retida nos armazéns da empresa”, informou a Sindusfarma.

O presidente Michel Temer anunciou que as Forças Armadas vão atuar para reprimir os bloqueios das vias, como foi antecipado pelo Blog. “Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as entradas e estou solicitando aos senhores governadores que façam o mesmo”, declarou o chefe do Executivo.

Temer tem demonstrado irritação com o que classificou como “caminhoneiros radicais”. Vários postos de combustíveis estão desabastecido e voos sendo cancelados em vários aeroportos, principalmente em Brasília. A paralisação tem prejudicado vários serviços e aulas em universidades.

A Polícia Federal está investigando se os empresários estão por trás das manifestações para os interesses mercadológicos, o chamado locaute. O governo assinou um acordo ontem com entidades para interromper a paralisação por 30 dias. Mesmo assim, os bloqueios nas vias continuam.

Brasília, 15h44min

Vicente Nunes