Para mercado, Levy não fazia diferença no governo, o que preocupa é instabilidade de Bolsonaro

Publicado em Economia
Levy Guedes
Ed Alves/CB/D.A Press

O mercado financeiro iniciou as negociações nesta segunda-feira ( 17/06) em clima de compasso de espera, de olho no quadro internacional e nas surpresas, nada agradáveis, que costumam vir de Brasília.

 

Para os especialistas, a demissão de Joaquim Levy da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá impacto quase zero nas negociações de ativos, porque ele não fazia a diferença no governo.

 

Levy estava isolado das principais decisões da equipe econômica. O que chamou a atenção dos operadores foi a forma desrespeitosa com que ele foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem mostrado uma instabilidade muito acima do normal para um chefe de Estado.

 

Para os analistas, Bolsonaro mostrou, com a demissão de Levy, que, bastará as redes sociais detonarem algum integrante do governo, para que a fritura em praça pública seja iniciada.

 

Pouco depois das 10h das manhã, o dólar caía 0,28%, cotado a R$ 3,89. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) cedia 0,33%, com o Ibovespa, o principal índice de lucratividade do mercado, nos 97.714 pontos.

 

Segundo analistas, estão todos à espera de declarações públicas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que não só endossou a demissão de Levy, como explicitou o descontamento com o trabalho do ex-subordinado.

 

Brasília, 10h20min