Para manter funcionamento do governo, sistema digital ligará 40 órgãos federais

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ALESSANDRA AZEVEDO

Para contornar a dificuldade de encontros presenciais, com a propagação do coronavírus, o governo federal começa, nesta quarta-feira (18/3), a usar novas ferramentas digitais. O objetivo é manter o funcionamento dos órgãos públicos, mesmo durante a quarentena, para não paralisar políticas públicas essenciais, mesmo com os servidores em casa.

Com esse objetivo, a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia adotou novas ferramentas que facilitam reuniões e eventos por tele e videoconferência, sem nenhum custo para a União. Um dos parceiros do governo na força-tarefa é a Microsoft, que doou 200 mil licenças de uso de uma plataforma de colaboração.

A ferramenta poderá ser usada remotamente por servidores de até 40 órgãos do Executivo federal, por seis meses. Se o governo fosse pagar pelos serviços, o custo seria de R$ 20 milhões. “Não tem nenhum tipo de pagamento, vantagem ou contrapartida vinculada à doação”, explica o secretário de Governo Digital, Luis Felipe Monteiro.

Políticas essenciais

As salas virtuais começam a ser usadas nesta quarta. “No momento, é preciso que as equipes estejam saudáveis e produtivas. São pessoas responsáveis por manter políticas públicas essenciais”, ressalta Monteiro. Segundo ele, é possível reunir até 300 pessoas de outros órgãos e estados para discutir em tempo real. “Centenas de pessoas poderão, por exemplo, assistir a uma coletiva”, diz.

Além da doação da Microsoft, as soluções da Amazon Chime, Cisco webex, Zoom e Google Hangouts também começam a ser utilizadas pelas equipes do governo federal. Para essas ferramentas, a Secretaria de Governo Digital disponibiliza tutoriais e dicas de uso aos servidores.

A busca por soluções que não gerassem despesa começou há menos de uma semana, com a alta expressiva no número de casos de Covid-19 no país. A Secretaria concluiu que não era possível manter os serviços e obedecer às recomendações do Ministério da Saúde.

“Considerando as limitações que temos, foi preciso expandir as possibilidades. Cada órgão público terá autonomia para decidir qual ferramenta é melhor para cada caso específico”, diz Monteiro.

Brasília, 15h15min

Vicente Nunes