LulaSanchez Presidente Lula está aliviado com a permanência de Pedro Sánchez no comando da Espanha

Para Lula, decisão de Pedro Sánchez de continuar no comando da Espanha é um alívio

Publicado em Economia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu com alívio a decisão do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, do Partido Socialista (Psoe), de continuar no cargo. Na semana passada, ele cogitou renunciar ao governo espanhol diante das acusações contra a mulher dele, Begoña Gómez, de corrupção e tráfico de influência.

 

Sánchez havia pedido cinco dias para refletir e, na manhã desta segunda-feira (29/04), afirmou que não só vai continuar como primeiro-ministro, como enfrentará o que ele considera um ataque à democracia, com a disseminação de mentiras e de ódio. “Me sinto mais forte”, assinalou.

 

Para Lula, Sánchez é peça fundamental nas relações do Brasil com a União Europeia. O líder espanhol é o maior defensor, entre os europeus, da assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Além disso, as empresas espanholas dependem cada vez mais dos negócios com a América Latina, em especial, do mercado brasileiro.

 

O partido de Sánchez ficou em segundo lugar nas últimas eleições, atrás do Partido Popular (PP), de direita, que não conseguiu construir maioria no Parlamento, já que a legenda de extrema-direita Vox não fez o número necessário de deputados. O socialista, então, montou uma geringonça, inclusive com agremiações de direita.

 

Os ataques contra ele e a mulher dele têm sido cada vez mais intensos. “Isso já dura 10 anos”, assinalou. Para Sánchez, no entanto, esta não é uma questão ideológica, mas de respeito, de dignidade. “Por isso, vamos trabalhar com firmeza e segurança na regeneração da nossa democracia e pela consolidação dos direitos e liberdades. Mostraremos ao mundo como se defende a democracia”, afirmou.

 

Ele destacou, ainda, que é preciso mostrar uma “intransigência incondicional” contra os que atentam às instituições democráticas. Sánchez se comprometeu a desmontar todas as denúncias contra a mulher dele. O caso foi arquivado pelo Ministério Público, mas as polêmicas continuam, insufladas pela oposição. O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, disse que Sánchez está “fazendo um teatro”.