No entender desse grupo — minoritário, ressalte-se, no Ministério da Economia —, Bolsonaro simplesmente rasgou o programa liberal com o qual foi eleito e que teve Guedes como grande fiador. “As grandes reformas estão paralisadas e tudo o que foi apresentado é muito ruim”, diz um dos técnicos.
Os subordinados de Guedes dizem que o próprio ministro se rendeu “ao despreparo de Bolsonaro” para liderar o Brasil. Fala muito e faz pouco. E, quando fala, provoca polêmica por pensar muito parecido com o presidente da República. O ministro é visto como um grande conservador e cheio de preconceitos.
Esses integrantes da equipe econômica também não veem com bons olhos uma possível eleição do ex-presidente Lula, que lidera as intenções de votos em todas as pesquisas. Alegam que o aparelhamento feito pelo PT durante os 14 anos em que esteve no poder foi prejudicial para o país.
Dos nomes que estão colocados até agora, como João Doria, Eduardo Leite, Luiz Henrique Mandetta e Rodrigo Pacheco, nenhum anima os integrantes da equipe econômica. “Falta alguém que realmente movimente as massas, que passe confiança para atrair os eleitores”, afirma outro técnico.
Brasília, 15h27min