Macri, como se sabe, desesperado para se reeleger, recorreu a um pacote de medidas que resultaram na explosão de despesas e na derrocada financeira da Argentina. Justo ele que assumiu com um discurso liberal, de combate a todas as políticas assistencialistas de governos anteriores e de arrocho fiscal para retomar a credibilidade do país junto aos investidores.
Não custa lembrar: antes das eleições, nas quais tentaria mais um mandato, Macri deu dois aumentos ao salário mínimo, instituiu bônus para servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada, aliviou impostos para a classe média, decretou moratória nas dívidas de pequenas e médias empresas e congelou os preços dos combustíveis por 90 dias.
Como diz um dos mais próximos auxiliares de Guedes, para ficar com a cara de Macri, basta Bolsonaro seguir os conselhos dos ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Braga Netto (Casa Civil). Se insistir nesse caminho, ressalta o técnico, em vez de ficar mais quatro anos no Planalto, o presidente voltará para a Barra da Tijuca.
Brasília, 14h07min