PARA BC, QUEDA DA INFLAÇÃO É BEM-VINDA, MAS AINDA HÁ UM LONGO CAMINHO

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Técnicos do Banco Central não escondem a preocupação com a possível pressão do governo para a derrubada mais rápida da taxa básica de juros (Selic), que está em 14,25% ao ano. No entender deles, a forte desaceleração da inflação em março, para 0,43%, foi uma boa notícia, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para que haja um afrouxo monetário consistente. Na visão do BC, é preciso que as expectativas de inflação caiam e se aproximem do centro da meta, de 4,5%.

 

A pressão pela queda dos juros faz parte do projeto do governo de criar fatos positivos na economia como contraponto ao processo de impeachment. Foi assim com as bandeiras tarifárias, que caíram mesmo com os reservatórios ainda em situação preocupante. Mas a ordem da presidente Dilma Rousseff foi baratear a conta de luz a qualquer preço. Agora,  a pressão está sobre a Petrobras, para que reduza os valores dos combustíveis.

 

O BC vê essa pressão como populismo, que pode prevalecer caso a presidente Dilma consiga se livrar do impeachment. A tendência da petista é migrar mais para a esquerda e agradar as bases sociais, que têm defendido, com todas as forças, a presidente nas ruas.

 

Brasília, 11h55min