POR CÉLIA PERRONE
Apesar dos sinais de recuperação da economia, o mercado de trabalho continua muito mal. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, em julho, o Brasil fechou 94.724 postos de trabalho com carteira assinada.
Apesar de ser menor que o verificado no mesmo mês do ano passado (157.905), foi o segundo pior julho da história e o 15º mês seguido de redução de emprego. Para os especialistas, o número atual revela que os trabalhadores ainda vão sentir por um longo período o peso da recessão.
Segundo o Caged, no acumulado do ano, foram destruídos 623.520 postos com carteira assinada. Em 12 meses, a perda chega a 1,706 milhão de empregos. As demissões foram lideradas pela construção civil, pelo comércio e pela indústria de transformação.
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, já é possível ver uma recuperação gradual da economia, o que se refletirá, mais à frente, no mercado de trabalho. “Estamos perdendo menos vagas e a tendência para os próximos meses é de que possamos a gerar vagas ao longo do segundo semestre”, diz.