Os posts polêmicos de Bolsonaro e de Trump

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ROSANA HESSEL

Executivos de empresas multinacionais norte-americanas contam que não está sendo difícil explicar para os chefes das matrizes nos Estados Unidos os posts polêmicos do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, que refletem a falta de articulação no círculo do poder. “Eles estão acostumados com o Donald Trump (presidente dos EUA) e não se espantam”, disse um diretor de uma grande companhia americana, em referência aos posts de Trump, também nada convencionais e totalmente fora do protocolo que o cargo de chefe de Estado exige.

Bolsonaro está em visita oficial em Washington com o intuito de aproximar os laços com os EUA. Ele se encontra com Trump na Casa Branca na terça-feira (19/03).

O mais difícil, segundo o executivo, foi explicar sobre a paralisação da economia na última greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio de 2017. Aquela paralisação escancarou a dependência do país do transporte sobre rodas, que é muito mais caro do que o trem.  Os Estados Unidos têm uma malha ferroviária de quase 300 mil km. No Brasil, os trilhos em operação não chegam a 30 mil km, com boa parte inoperante, uma enorme diferença e que explica um dos gargalos para a retomada do crescimento do país em ritmo mais forte.

A grande dúvida de empresários e de investidores é sobre qual reforma da Previdência ele conseguirá aprovar. Em um cenário otimista, com uma reforma sendo aprovada neste ano, as projeções desse executivo para o câmbio giram em torno de R$ 3,70 e R$ 3,80.

Vicente Nunes