Não é de hoje que a Geap sofre para fechar as contas, manter a estrutura e garantir o atendimento aos conveniados. Tanto que passou por uma sucessão de trocas de comandos nos últimos anos, sem que nada fosse resolvido. Em alguns momentos, houve respiros. Mas a operadora voltou cair no vermelho.
O comando da Geap sempre esteve nas mãos de indicados pelo PP. Durante os governos petistas, houve uma guerra aberta entre PP e PT pela direção da operadora, que chegou a ter mais de 600 mil associados e hoje mal consegue chegar aos 400 mil. Os associados têm reclamando da qualidade dos serviços.
Reajustes
Os associados também reclamam do reajuste de 12,5% nas mensalidades dos planos de saúde, já que os serviços estão deixando muito a desejar. Os novos valores das mensalidades passam a valer a partir de fevereiro. Enquanto os servidores sofrem com os problemas de caixa da Geap, a operadora mantém salários elevados a seus empregados, muitos sem a qualificação exigida para o cargo.
Não custa lembrar a sucessão de polêmicas na Geap. Uma das mais rumorosas ocorreu em abril de 2018, quando o então diretor executivo da empresa, Roberto Sérgio Fontenele Cândido, disse, em áudio ao qual o Blog teve acesso, que hospitais e médicos “roubam” os planos de saúde. Ele garantiu que, na sua gestão, isso não aconteceria. “Quer trabalhar com a gente, vai trabalhar sem roubo, porque hospital também rouba. E rouba muito. Médico também rouba muito”, afirmou. Em questão de dias, ele foi demitido.
O Blog está tentando contato com a Geap.
Brasília, 11h23min