Oito em cada 10 auxílios-doenças analisados são suspensos por irregularidades

Compartilhe

ROSANA HESSEL

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, diz que o pente-fino que o governo está fazendo nos auxílios-doenças pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está resultando em grande economia para os cofres públicos. De cada 10 benefícios analisados, oito estão sendo suspensos por irregularidades.

Segundo o ministro, há um movimento grande do governo para dar maior eficiência aos gastos públicos. Além da fiscalização intensiva sobre benefícios pagos pela Previdência Social, está havendo um grande controle sobre as despesas das estatais e sendo aprimorados os sistemas de tecnologia.

“Estamos muito focados em dar maior eficiência à máquina pública, para conter o desperdício e reverter a má alocação de recursos”, afirma. Para o ministro, todas as medidas tomadas pelo governo, seja do ponto de vista macro, seja do ponto de vista microeconômico, pavimentaram um caminho seguro para a retomada sustentada da economia.

Ele prevê que o crescimento econômico de 2018 poderá superar os 2,5%, mas tudo dependerá a aprovação da reforma da Previdência Social. Na opinião de Oliveira, há, hoje, um quadro muito mais favorável do que nove meses atrás para o aval do Congresso às mudanças no sistema de aposentarias.

O ministro ressalta que, nas conversas que teve na quarta-feira, 6, com líderes partidários, ouviu que o pessimismo em relação à reforma já foi maior. “Agora, o cenário é razoável e pode se tornar bom nos próximos dias”, diz. “A reforma se tornou politicamente palatável”, acrescenta.

Vicente Nunes