Em Águas Claras, às margens da EPTG, os preços da gasolina aumentaram, de R$ 3,899 para R$ 3,949. Mesmo assim, as filas têm sido constantes, pois está raro encontrar o litro do combustível por menos de R$ 4. Os especialistas recomendam um pouco de paciência, pois o momento não é de desperdício. Qualquer economia sempre é bem-vinda em tempos de orçamento familiar apertado.
Também na EPTG, mas na altura do Guará, houve aumento no preços da gasolina, de R$ 4,099 para R$ 4,129. Segundo os consumidores que costumam abastecer no Posto Garantia, a surpresa foi grande, uma vez que se esperava a manutenção dos valores nas bombas, já que a Petrobras não tem mexido muito nos preços praticados na refinaria.
Para o servidor público Juliano Santos Silva, 51 anos, os postos estão mais preocupados em ampliar as margens de lucro do que em beneficiar os consumidores. Segundo a Petrobras já mostrou, entre o valor cobrado nas refinarias e os definidos da bomba, os motoristas pagam mais do que o dobro. “Isso não é aceitável”, afirma.
O governo está pressionando o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que acelere as investigações a fim de comprovar se há cartel entre os postos, ou seja, se eles combinam os preços para lesar a população. No Distrito Federal, isso ficou evidente no fim de 2015, quando o Cade, o Ministério Público e a Polícia Federal fizeram uma operação conjunta e desbarataram uma quadrilha.
“A sensação da população é de que ela está desprotegida. Espero que esse movimento do governo para punir a formação de cartel não seja apenas propaganda política. Realmente, há muita coisa errada nos postos de combustíveis”, reforça o maquinista Célio Cardoso, 37. “Vamos ver no que essas investigações vão dar”, acrescenta.
Brasília, 10h18min