Coluna Mercado S/A (por Amauri Segalla)
O mercado imobiliário brasileiro tem colecionado uma série de indicadores positivos. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em julho as vendas cresceram 25% em relação ao mesmo mês do ano passado –– quando, ressalte-se, não havia sinais da pandemia e a confiança dos brasileiros estava em alta. Outro estudo, desta vez da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, constatou que 40% dos consumidores pretendem comprar um imóvel nos próximos dois anos. Não é só. Em setembro, o crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) chegou a R$ 12,9 bilhões, o que representa uma disparada de 70% diante de igual período de 2019. Foi o maior avanço da história. Como não poderia deixar de ser, a confiança dos protagonistas do setor está alta. Outra pesquisa da Abrainc mostrou que 88% dos empresários acreditam no aumento das vendas nos próximos 12 meses.
Empresa lança rede 5G portátil
Os embates entre empresas de diversas partes do mundo pela liderança nos projetos da rede 5G levaram a americana FreedomFi a imaginar uma alternativa que independesse das decisões do governos. E ela veio. A companhia desenvolveu um sistema que permite instalar, em smartphones ou computadores, uma rede operacional 5G. A ideia é ousada, mas cara: por enquanto, o acesso ao programa da FreedomFi custa cerca de US$ 5 mil (aproximadamente R$ 29 mil).
PEC abre caminho para a Rumo
A Assembleia Legislativa do Mato Grosso aprovou, na última terça-feira, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 16/20, que autoriza o governo estadual a construir e explorar de forma direta a malha ferroviária no Estado, além de participar de outros projetos de infraestrutura. Entre as diversas mudanças, a iniciativa abre caminho para o estabelecimento de projetos como a extensão da malha da companhia de logística Rumo em direção ao norte do Mato Grosso.
Segunda onda empareda governos
A queda de 4,22% do Ibovespa ontem, a pior desde abril, lança dúvidas sobre a capacidade de as economias suportarem mais lockdowns. A segunda onda da covid-19 chega com força à Europa e empareda os governos: se fecharem tudo, a crise econômica pode se agravar. Se as autoridades não forem rigorosas para controlar a circulação de pessoas, há o risco de o coronavírus avançar. De todo modo, cada vez mais o mundo depende da vacina para voltar à normalidade. Sem ela, o futuro será sombrio e incerto.
Rapidinhas
Milton Rego, presidente-executivo da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), garante que não há falta do insumo no mercado brasileiro. “A indústria não parou de produzir na pandemia e o suprimento está normal”, diz o executivo. “Devemos fechar o ano com ligeiro aumento na produção de alumínio primário e, ao mesmo tempo, com uma queda ao redor de 7% no consumo doméstico”.
Segundo o executivo, o desabastecimento de produtos de alumínio na construção civil e em outros setores é pontual e se deve a duas razões: “Uma retomada econômica mais rápida do que o previsto e o desbalanceamento momentâneo dos estoques ao longo da cadeia”.
Ele diz que a situação deverá ser normalizada até o final de novembro.
O Índice de Confiança da Indústria medido pela Fundação Getulio Vargas alcançou em outubro o maior nível desde 2011. O otimismo é notado especialmente entre os exportadores, beneficiados pela valorização do dólar. Resta saber se os patamares elevados serão mantidos nos próximos meses.
O varejo começa a se preocupar com 2021. É consenso entre as empresas do setor que o bom desempenho em 2020 se deve em boa medida ao auxílio emergencial. Não custa lembrar: o programa de socorro já adicionou R$ 250 bilhões à economia. Se esses recursos sumirem, haverá uma
queda abrupta do consumo.